31 julho, 2013

Telescópios, entenda antes de comprar o 1º


COMPRANDO O PRIMEIRO TELESCÓPIO



Se se decidiu a comprar um telescópio -- parabéns! A Astronomia pode ser um prazer para o resto da vida, com o equipamento certo. Mas o que comprar? Existe muita mais escolha hoje em dia do que antigamente. Este artigo irá tentar dar algum sentido à gigantesca selecção de telescópios e acessórios.
Pronto? Bem. Vamos começar. Primeiro que tudo, algumas palavras de conselho:
  • Aprenda a encontrar algumas constelações e talvez um ou dois planetas a olho nu. Se não souber onde fica M42, como espera encontrá-la através de um telescópio (que tem um campo de visão muito mais pequeno)?
  • Faça-se assinante de uma ou duas das revistas mais conhecidas, a Sky & Telescope e a Astronomy (em inglês) ou leia os livros mencionados abaixo. Estas irão ajudá-lo a não só encontrar objectos celestes, como também dar a conhecer a variedade de equipamento disponível. Não compre ainda nada!

Figura 1 - A Sky & Telescope e a Astronomy são as mais famosas revistas de Astronomia.
Crédito: Sky & Telescope e Astronomy

  • Faça-se membro de um clube, ou acompanhe um nas suas sessões de observação. Este é o melhor conselho que se pode dar. Não existe substituto para o tempo gasto com equipamento sério. Pode descobrir, por exemplo, que gosta da portabilidade dos Schmidt-Cassegrain, ou que aprecia a qualidade de imagem de um bom refractor, ou que o grande Dobsoniano que viu no catálogo é maior do que imaginava. Não existe substituto para a experiência.


Figura 2 - Aposte primeiro nuns bons binóculos antes de passar para um telescópio.
Crédito: Nikon
O seu primeiro telescópio ideal pode nem sequer ser um telescópio, mas um par de binóculos. Talvez até já tenha um aí por casa. A maioria dos astrónomos mais experientes tem um par de binóculos por perto, para espreitadelas rápidas ou para varrer o campo de visão antes de usar os seus telescópios. A recomendação mais comum é arranjar uns 7x50, ou pelo menos, 7x35. O primeiro número "7" é a ampliação, o segundo "50" é a abertura de cada objectiva em mm. Quererá as maiores lentes em que pode confortavelmente pegar.
Muitos astrónomos escolhem 10x50, no entanto deverá ter a certeza que consegue pegar neles e mantê-los estáveis a essa ampliação. Parece que a moda actual é para os 10x50. No entanto, recomenda-se os tradicionais 7x50.
Finalmente, existem os binóculos "gigantes" que podem mostrar vistas espantosas dos céus, se souber usá-los. Se alguém oferecer uma espreitadela por um destes, faça favor, mas guarde o seu dinheiro por agora. Saberá mais tarde se os quer.
Muito bem. Os binóculos não são tão excitantes como os telescópios. Antes de sair do assunto, duas sugestões:

  1. Binóculos baratos são muito, muito mais úteis do que telescópios baratos. Acredite.
  2. Bons binóculos podem durar para a vida. Pode mudar para melhor (ou pior) o seu telescópio, mas precisará sempre de um par de binóculos para vistas rápidas. Como resultado, os binóculos tendem a ser uma coisa que compramos apenas uma vez ("tendem", pois existem excepções notáveis para este caso).
Pergunte numa sala cheia de pessoas qual é a função de um telescópio, e muito provavelmente alguém irá dizer qualquer coisa do estilo, "é fazer os objectos distantes parecerem maiores". Será a função principal do telescópio realmente fazer as coisas parecerem maiores? Faça este teste: vá para a rua numa noite limpa a partir de um quarto bem iluminado. Vê alguma coisa? Provavelmente não. Mas torna-se melhor após alguns minutos, não é? Na realidade, ao fim de algum tempo, irá perguntar-se porque é que não viu aquelas estrelas todas antes. O que o fez ver melhor? Mudou a ampliação, ou fez o tamanho aparente das coisas mudar? Claro que não. O que REALMENTE mudou, foi a quantidade de luz que o seu olho recebe, quando as pupilas abrem para compensar a escuridão.
Por isso, a função principal de um telescópio é receber luz.
Quanto mais luz um telescópio receber, mais poderoso é. E lembre-se, as aberturas dos telescópios são círculos, e as áreas dos círculos aumentam com o quadrado do raio, por isso ao aumentar a abertura, mesmo modestamente, pode proporcionar melhores resultados. Os nossos hipotéticos binóculos de 7x50 (acima) ganham aproximadamente o dobro da luz do que uns 7x35, mesmo parecendo quase do mesmo tamanho. Dito de outra maneira, o dono de um Schmidt-Cassegrain de 10" que decide fazer um "upgrade" para um de 12", irá ter mais 44% no ganho de luz. Nada mau para um aumento de apenas 2", não é?
Por isso, deveria adquirir o maior telescópio que o dinheiro pode comprar, certo?
A resposta, é um grande TALVEZ, e para algumas pessoas, a resposta irá ser NÃO. Mas lá chegaremos.
TIPOS DE TELESCÓPIOS
Os telescópios amadores modernos podem ser divididos em três classes:

  • O refractor é o que as pessoas mais associam quando ouvem a palavra "telescópio". Os refractores recolhem luz com uma objectiva numa ponta e focam-na numa ocular na outra. Os refractores foram quase extintos a uma dada altura, mas elementos modernos acoplados ao vidro (incluindo um novo e artificial cristal conhecido como fluorite) trouxeram de volta ao pódio o refractor.
    Vantagens dos refractores: Potencialmente as melhores imagens; sem obstrução no percurso da luz.
    Desvantagens dos refractores: Algumas cores secundárias ("aberração cromática") ainda visíveis em todos menos nas melhores unidades; instrumentos com grandes aberturas podem ser enormes; o mais caro dos três tipos (geralmente por uma grande margem); associado com os terríveis equipamentos à venda nas lojas mais comuns (em algumas de fotografia e hipermercados).

Figura 3 - O percurso da luz num telescópio refractor.
Crédito: Celestron.com

Figura 4 - Exemplo de um telescópio refractor.

  • Reflector Newtoniano, inventado por Sir Isaac Newton, usa um espelho parabólico no fim de um tubo e foca a luz de volta para a frente do mesmo, onde se situa a ocular, depois de ser deflectida por um pequeno espelho secundário no percurso da luz.
    Vantagens dos reflectores: O mais barato dos três tipos (especialmente em montagens Dobsonianas); mais portáteis que os refractores de abertura similar; sem aberração cromática aparente.
    Desvantagens dos reflectores: Obstrução secundária resulta nalguma perda de contraste; ainda muito grande quando comparado com os Schmidt-Cassegrain; necessita de colimação frequente (alinhamento) das suas ópticas.

Figura 5 - Percurso da luz num telescópio reflector.
Crédito: Celestron.com

Figura 6 - Exemplo de um telescópio newtoniano.

  • Os Schmidt-Cassegrain e seus derivados (Maksutov-Cassegrain, Cassegrain clássico, etc.) usam AMBOS espelhos e lentes para dobrar o percurso óptico em si próprio, resultando num tubo compacto. O termo técnico para estes telescópios é catadióptrico, mas quase ninguém utiliza este termo.
    Vantagens dos S-C: O mais compacto dos três tipos; mais baratos que os refractores; grande variedade de acessórios; pode ser totalmente movido a computador; muito popular.
    Desvantagens dos S-C: Mais caro que os reflectores; as imagens são potencialmente as piores dos três (note-se a palavra "potencialmente"); o mais sujeito à humidade.

Figura 7 - Percurso da luz num telescópio Schmidt-Cassegrain.
Crédito: Celestron.com

Figura 8 - Exemplo de um telescópio Schmidt-Cassegrain.

ENTÃO, QUAL COMPRAR?
Depende. O telescópio "ideal" depende de si, dos seus hábitos de observação e da sua situação financeira. Escolher um telescópio já foi uma matéria simples. Poder-se-ia começar com um refractor de 60 mm (provavelmente um desses que se compra nas lojas), depois mudar para um reflector 6" a f/8 da Celestron ou da Meade, e eventualmente arranjar um Schmidt-Cassegrain de 8" de uma das marcas anteriormente referidas.
Entre os anos 60 e 70, o reflector Newtoniano era o mais apetecido entre os amadores. A partir dos anos 80, os astrónomos decidiram-se pela portabilidade dos Schmidt-Cassegrain à medida que a Meade e a Celestron disputavam o lugar cimeiro no seu fabrico e melhoramento.
Depois, o refractor, há muito deixado para trás, voltou a reinar com o advento do ED e do vidro de fluorite. Hoje em dia, todos os três tipos são usados regularmente.
As vantagens/desvantagens de cada um estão bem documentadas, por isso tentaremos dar-lhe "outras" informações que poderá achar úteis.
  • Apesar da superioridade óptica dos bons refractores e do baixo custo dos reflectores, a maioria dos astrónomos prefere os Schmidt-Cassegrain como instrumentos principais. Não é difícil perceber porquê. Um S-C de 10" é relativamente portátil e barato. Um reflector de 10" é enorme, especialmente com uma montagem equatorial. Um refractor de 10"? Esqueça -- provavelmente irá precisar de um observatório separado só para o ter.
  • Os reflectores de 4.5" ou 6" são excelentes instrumentos para principiantes. Por 400-700 Euros* temos uma abertura decente e um instrumento relativamente portátil. No lado da balança dos refractores, procure por um de 80 mm com uma montagem estável.
  • Evite como a peste os refractores baratos que são vendidos com base no seu poder de ampliação (esses que vendem nos hipermercados). São de certeza apenas para espreitar os vizinhos da frente. A ampliação máxima normal é entre 50x-60x por cada polegada de abertura. Por isso, um telescópio de 60 mm que pode ser adquirido num hipermercado será de apenas 120x-144x (e as suas imagens irão provavelmente aparecer já desfocadas). Não se deixe enganar.
  • Tornando a repetir: NÃO compre um telescópio que esteja à venda nos hipermercados, de catálogos que vêm no correio ou até dos que vê na TV-Vendas. Estes telescópios não são mais que brinquedos e irão provavelmente matar o seu entusiasmo. Compre a partir de um vendedor que se especializa em telescópios amadores sérios. Como regra geral, evite telescópios que custem menos de 350 Euros*.
  • Por outro lado, se é do tipo que tem sempre que ter "do melhor" (e pode pagar), considere um bom refractor. Deve-se apontar que um bom refractor de 4" irá custar bem mais de 2000 Euros*, e só contando apenas com o tubo. Telescópios nesta categoria incluem os Televue 85 e 101, os numerosos Takahashis, os refractores Astro-Physics, e os modelos apocromáticos da Vixen. Outros telescópios nesta categoria são os Maksutov da Questar (entre 4000 e 12,000 Euros*, dependendo do modelo, ou menos se for usado). Os telescópios desta marca são construídos como instrumentos científicos precisos, quase como objectos de culto, e parecem durar para sempre, mas não são instrumentos ideais para o principiante.
  • Uma palavra de apreço para os Newtonianos. Dos três tipos, são os mais confortáveis de usar. A ocular está quase sempre numa altura conveniente. Os refractores são os piores neste caso. Olhando para qualquer coisa perto do zénite com qualquer refractor é uma tarefa deveras árdua.
  • Muitos astrónomos já desistiram de tentar decidir qual é o melhor para si e compram mais do que um telescópio. Embora isto não seja o melhor conselho para quem quer começar no mundo da Astronomia amadora, os principiantes podem ficar com isto na mente ao fazer uma decisão de compra. Por exemplo, se o seu primeiro telescópio é um refractor de 80 mm, poderá balançar as coisas ao adquirir um Dobsoniano de 12" em um ano ou dois. Dessa maneira, terá um "balde de luz" e um telescópio para planetas e estrelas duplas.
  • Evite quaisquer pensamentos em astrofotografia por agora. Irá ter as mãos cheias ao lidar apenas com o telescópio... a sério.
  • Finalmente, evite a "paralisia-por-análise". Se gasta mais de uma hora por dia lendo catálogos de telescópios, está provavelmente nesta categoria. Compre alguma coisa: irá sentir-se muito melhor.


Figura 9 - Exemplo de um telescópio Dobsoniano.
Crédito: Celestron.com
RESPONDENDO À PERGUNTA (FINALMENTE)
Esta é uma pergunta difícil de responder, dado que cada pessoa tem as suas prioridades e preferências. Mesmo assim, se começasse hoje na Astronomia, recomendar-se-ia um reflector Dobsoniano de 6" ou 8". Um Dobsoniano de 6" é simples, barato e irá ensinar-lhe muito. A parte da simplicidade é importante, dado que irá gastar o seu tempo a apontar e observar com o seu telescópio, e não a brincar com os por vezes complicados controlos de uma montagem equatorial.
Os principiantes precisam de ter imediatamente sucesso, e as aberturas de 6" e 8" são grandes o suficiente para mostrar uma imagem brilhante dos objectos celestes mais comuns.
Os Dobsonianos de 6" da Meade, Celestron, Orion e Discovery são bons. Escolha um. Se se sentir ambicioso, compre um de 8". As diferenças entre as marcas são basicamente apenas na qualidade dos acessórios. Compre uma mira de 6x30 (ou maior), oculares Plossl em vez de Kellner, e Pyrex em vez de espelho de vidro normal.

QUÃO GRANDE É GRANDE DEMAIS? - EVITANDO A "FEBRE DA ABERTURA"
Os audiófilos têm um ditado que é mais ou menos como isto: o sistema de som que lhe dá mais música é o que usar mais.
Talvez para a maioria de nós, seja o auto-rádio do automóvel.
A Astronomia é tal e qual. A probabilidade de um telescópio ser usado é inversamente proporcional ao seu tamanho. Isto parece aplicar-se a quase toda a gente, com ou sem experiência.

Geralmente as conversas entre astrónomos são deste tipo:
Astrónomo 1: Então, viste Saturno ontem à noite?
Astrónomo 2: Não, estava muito frio para ir observar.
Astrónomo 1: Ah...
Astrónomo 2: Mas o meu dob de 18" arrasa com o teu pequeno refractor de 2.7", pá!
OK, se calhar não é bem assim que corre, mas fica-se com a ideia. Claro, um tem melhor abertura, mas o Astrónomo 1 observou Saturno, e o Astrónomo 2 não.
Telescópios mais pequenos são usados mais vezes, e por isso mostram-lhe mais. A sua tolerância para o trabalho pode ser diferente da do normal, no entanto, e é aí que as Astrofestas se tornam numa experiência fundamental. Estas Astrofestas também vêm a calhar quando se quer olhar através de um GRANDE telescópio. Olha-se pelo de outra pessoa. Desta maneira, temos o nosso tempo de observação através do "gigante" e não temos que lidar com a montagem e desmontagem do mesmo.
Uma coisa mais a falar acerca deste tópico, e depois prosseguiremos. Os telescópios com grandes aberturas são mais facilmente afectados pelo brilho do céu (a poluição luminosa atirada para o ar pela civilização). Claro, um telescópio de 12" irá receber mais luz que um de 6", mas irá também receber muito mais poluição luminosa. Em casos mais severos, nem sequer conseguiremos observar através deste brilho.
Em outras palavras, existe um limite para a abertura, em cada local de observação, para lá do qual não irá ganhar nada com o tamanho do telescópio. Apenas estará a receber mais poluição luminosa. Na maioria dos quintais suburbanos e estradas, este limite está nas 6". Mais para o campo, este limite chega aos 10". Se tiver acesso a céus realmente escuros, considere-se um sortudo. Um telescópio com uma grande abertura pode realmente enriquecer as suas observações se lá o usar. Pode até construir uma pequena casinha (ou utilizar a garagem) e montar uma plataforma, deixando-o sempre montado (uma espécie de mini-observatório astronómico).

Figura 10 - A série ETX da Meade é um bom exemplo de um telescópio pequeno, portátil, fácil de montar, boa imagem, e até dá para se meter em cima de uma mesa!
Crédito: Meade

OCULARES
Aqui está uma área onde os principiantes tendem a exceder-se. Não precisamos mais que 3 ou 4 oculares bem escolhidas, uma barlow, e talvez um filtro ou dois. No entanto, a maioria irá ter colecções, algumas delas até impressionantes.
Oculares: o primeiro acessório que um principiante compra é regularmente uma nova ocular. Abaixo estão várias:

Ramsden e Huygenian são oculares de dois elementos. Embora simples, exibem pequenos campos de visão, têm numerosas aberrações, e uma terrível correcção de limite. Geralmente vêm com os telescópios mais baratos. Embora nada de jeito para usar visualmente, dão boas oculares para fazer projecção solar (se quiser arriscar). Entre 25 e 40 Euros*.


Figura 11 - Exemplos de oculares Ramsden.

A ocular Kellner é uma ocular de três elementos que mostra um campo de visão aceitável de 40-45 graus, e uma boa correcção de aberração esférica e cromática. Uma ocular decente para o dia-a-dia. Entre 30-50 Euros*.

Figura 12 - Exemplos de oculares Kellner.

As oculares ortoscópicas foram já consideradas as melhores para uso geral, mas perderam muitos fãs para as mais novas Plossl. Usando 4 elementos, ainda são populares para trabalho planetário. Estão bem corrigidas para campos de visão de 45 graus. Entre 40-100 Euros*.
Figura 13 - Exemplos de lentes ortoscópicas.

As Plossl são as mais populares hoje em dia. Usando 4 ou 5 elementos, são bem corrigidas e têm um maior campo de visão que as Ortoscópicas (50-52 graus). No entanto, alguns modelos têm descansos para os olhos mais pequenos que os das Orthos. Entre 40 e 200 Euros*.


Figura 14 - Exemplos de oculares Plossl.

As Erfles cairam em desuso. Usando 6 elementos, oferecem um campo de visão de 60-65 graus, com talvez aberrações menores perto do limite. Entre 60 e 150 Euros*.



Figura 15 - Exemplos de oculares Erfle.

Novos designs, maioritariamente devido aos esforços da TeleVue, estão a ganhar popularidade. Estes incluem as Panoptics de 6 elementos, campos de visão de 67 graus (entre 200 e 400 Euros*) e as Nagler de 7-8 elementos, com campos de visão de 82 graus (170-425 Euros*). Ambas as séries são muito boas. Diz-se que uma vez que olhamos por uma Nagler, nunca mais nenhuma ocular de outro tipo será suficientemente boa.






Figura 16 - Exemplos de oculares Nagler.

Aproveitando o sucesso das oculares TeleVue, os japoneses têm entrado no mercado das oculares. As "Super Wides" da Meade (140-300 Euros*) e as "Ultra Wides" (170-300 Euros*) são clones virtuais das TeleVues. E as Pentax de 6-7 elementos (cerca de 250 Euros* cada) pensa-se que exceda a performance das TeleVues, especialmente em diâmetros focais pequenos. As Lanthanums da Vixen (100-200 Euros*) e as Radian da TeleVue (250 Euros*), têm uns generosos 20 mm de descanso para o olho sem contar com o diâmetro focal, e são uma bênção para aqueles que precisam de usar óculos enquanto observam.





Figura 17 - Exemplos de oculares Lanthanum.

Muitos observadores não dispensam as lentes barlow. Inseridas entre o foco e a ocular, a barlow habitualmente duplica ou triplica a ampliação da ocular. Por isso, entre 70 e 150 Euros*, duplica o tamanho da sua colecção de oculares. As Barlow também preservam o descanso do olho das oculares de maior diâmetro focal, por isso reduzindo a quantidade de vezes que temos de piscar o olho.



Figura 18 - Exemplo de uma Barlow.

O QUE ESPERAR
A seguir a "Que telescópio devo comprar?", esta é questão mais comum que se pergunta. É mais complicada do que se imagina. O que vemos depende de muitos factores, incluindo o tipo de telescópio que se comprou, a qualidade observacional do local, e da experiência que se tem.
Dado que a qualidade do instrumento e das condições estão fora do nosso controlo, faria sentido aperfeiçoar as técnicas de observação. Infelizmente, isto já não acontece muito. Os observadores, ansiosos por resultados instantâneos, compram telescópios cada vez maiores sem se preocuparem em aprender a "observar" devidamente.
Observar bem é uma arte e uma habilidade. Irá precisar de gastar muito tempo com o seu telescópio. Quando mais observar, mais irá ver, e mais experiência ganhará. Como resultado, um observador experiente poderá deliciar-se com objectos de céu profundo no seu refractor de 80 mm, enquanto que um principiante com um grande telescópio está ainda a tentar encontrar a Nebulosa de Orion.
A Astronomia é um passatempo em que é preciso ter paciência. Não fique com pressa. O Cosmos ainda estará lá amanhã.
Agora que o sermão está no fim, aqui fica o que se pode observar com um reflector normal de 6" e com um céu razoavelmente bom.
  • Todos os 110 objectos de Messier, que incluem nebulosas, enxames abertos e globulares, e outras galáxias. A maioria destes objectos irão parecer extremamente ténues à primeira. Mas com o passar do tempo, irá ver que são bastante brilhantes.
  • Todos os planetas à excepção de Plutão. Os anéis de Saturno são fáceis. Trânsitos em Júpiter são fáceis. Detalhes em Marte é um bocado mais complicado, mas torna-se mais fácil em cada 2 anos. Vénus, Mercúrio, Neptuno e Urano são bolas sem características.
  • Centenas de crateras conhecidas na Lua.
  • Manchas solares e outras actividades no Sol, com os filtros adequados. Nunca olhe para o Sol sem a segurança adequada!
  • Centenas de outros objectos.
SUMÁRIO
Em resumo, aqui estão os pontos mais importantes:
  1. Binóculos, até os baratos, são por vezes um bom substituto para um telescópio barato. Mais: os binóculos são sempre bons companheiros de um telescópio.
  2. Evite ir a lojas. Os telescópios que aí vendem não têm a qualidade necessária para a Astronomia.
  3. A função principal de um telescópio é receber luz. Por isso, os principiantes devem comprar o telescópio com maior abertura que possam pagar. Um reflector dobsoniano de 6" é um excelente primeiro telescópio.
  4. MAS, se o instrumento for muito grande, pode quase nunca usá-lo. Seja realista acerca do que quer comprar, tendo em vista os factores acima discutidos (local de observação, dinheiro, portabilidade, qualidade das oculares, objectos para observação...).
  5. Não precisa mais do que 3 ou 4 oculares bem escolhidas na sua colecção. O mínimo de qualidade que deverá considerar são as Kellners. Uma barlow é uma ferramenta útil para duplicar a sua colecção a um custo mínimo.
LINKS
Marcas de fabricantes de telescópios: 
Meade

Celestron
Orion
Takahashi
Vixen
Questar
Tele Vue

Lojas on-line de material astronómico:
Telescopes.com
Telescopes For Less
Woodland Hills

Lojas on-line portuguesas:

Galáctica
Astrofoto Portugal
Perseu
Brightstar

Bibliografia recomendada:
Almeida, Guilherme de - "Roteiro do Céu", 5.ª edição revista e actualizada, Plátano Editora, Lisboa, 2010. Referência e sinopseÍndiceIntrodução
Ferreira, Máximo; Almeida, Guilherme de - "Introdução à Astronomia e às Observações Astronómicas", 7.ª edição, Plátano Editora, Lisboa, 2004. Referência e sinopse;ÍndiceIntrodução
Almeida, Guilherme de - "Telescópios", Plátano Editora, Lisboa, 2004. Referência e sinopseÍndiceIntrodução
Almeida, Guilherme de; Ré, Pedro - "Observar o Céu Profundo", 2.ª edição, Plátano Editora, Lisboa, 2003. Referência e sinopseÍndiceIntrodução
Ré, Pedro – "Fotografar o Céu", Lisboa, 2002. Referência e sinopseÍndiceIntrodução

* - Os preços podem ter diferentes variações consoante a marca, vendedor e modelo do produto.

Galáxias Irregulares.



Você sabe por que existem galáxias irregulares?
Bem, a forma de uma galáxia, tradicional, geralmente é atribuída a um buraco negro central que imprime movimento e dá um formato mais característico e de disco, de hélice e hélice barrada. Mas, e as galáxias irregulares? por que elas não tem uma forma bem definida?
Se é um buraco negro de grandes proporções que dá forma e põe uma galáxia para gira, e com o tempo ela adquire essa forma de redemoinho, logo devemos supor que as galáxias irregulares não têm um buraco negro central, principalmente um de grande massa, que impulsione toda a galáxia.
As galáxias irregulares geralmente são menores, e estão orbitando grandes galáxias. O que leva a crer que elas estão sendo atraídas pelas maiores, e que no futuro serão agregadas a essas grandes galáxias, e não mais existirão como galáxias isoladas.

Galáxia irregular NGC 1427A
NGC 6822  galáxia de Barnard 



Pequena Nuvem de Magalhães, galáxia satélite da Via Láctea


Grande Nuvem de Magalhães, uma das galáxias satélite da Via Láctea.

O mistério das estrelas e da matéria, saiba mais um pouco..




Sol, forja de elementos para o futuro e para a formação de outros mundos.

Apesar de existir farto material a cerca do Sol e das estrelas, elas (incluindo o Sol) ainda são vistas como coisas estranhas e incompreensíveis por grande parte da humanidade, mas por que isso acontece?
Desde os primórdios da humanidade que as estrelas e principalmente o Sol, são veneradas e  usadas  de todas as formas, desde a orientação marítima ou terrestre, para suporte da vida na Terra com a fotossíntese, iluminação, aquecimento das águas e aquecimento da matéria dispersa na atmosfera que gera o ciclo das águas, os ventos etc. A radiação eletromagnética, que favorece as mutações e aumenta a diversidade de espécies, também é de origem solar, enfim, se fossemos escrever sobre as qualidades do Sol, "nossa pequena estrela", teriamos muito assunto, pois dele depende toda a vida na Terra. Mas, apesar de tanta importância, sobre o Sol ou as estrelas, poucos pouco sabem dizer algo sobre o Sol e as estrelas.
O conhecimento de grande parte da humanidade a cerca das estrelas e das suas funções é tão deficiente, que mesmo muitos tutores de química não sabem dizer de onde provem ou qual a origem de todos aqueles elementos químicos que forma a tabela periódica, alguns simplesmente sabem que provem do planeta Terra, nada mais. Imaginem como fica a cabeça e o entendimento dos alunos e pessoas de modo geral que precisam entender a origem da matéria da Terra.
Mas, sabemos que os compostos que formam o "nosso" planeta não podem ter tido origem na mesma, afinal não acreditamos em mágica, ou acreditamos? Mas, se os metais, os minerais e todos os outros elementos não se originaram aqui na Terra, de onde eles vieram? Bem, é ai que entram as estrelas, o Sol e o conhecimento de suas fases evolutivas, ou o ciclo de vida das estrelas.
Evolução estelar, são fases bem definidas na vida ou existência de qualquer estrela, são elas que definem (dependendo da massa da estrela) o destino da estrela, se ela vai ser uma nova ou super nova, ou se vai queimar seu combustível até o fim e esfriar sem grandes alterações, ou se se tornarão buracos negros, fases sombrias e ainda pouco entendidas da evolução estelar. É nas fases estelares que toda matéria formadora de planetas e da vida é forjada, os elementos mais pesados ou densos, somente nas fases finais ou nas novas e supernovas, que são explosões finais das estrelas de grande massa. Logo, se for compreendido o que são e o que acontece nessas fases estelares, certamente estaremos compreendendo uma das mais misteriosas, intrigantes e confusa fases do Universo, a existência ou formação da matéria. Durante quase toda a existência da humanidade só agora (a partir do século XX) é que ela pode ser compreendida de fato.
Mas, quais foram as estrelas que forjaram a matéria que formou a Terra e todos os corpos celestes do sistema solar, e certamente todos os outros planetas que existem na nossa e nas demais galáxias? será que essas estrelas ainda existem? claro que não.
Certamente essas primeiras estrelas não mais existem, pois foi necessário que elas explodissem e ejetassem sua massa, misturando suas entranhas com a de outras que também chegaram ao fim, formando e enriquecendo as nebulosas,  para que posteriormente estrelas de segunda ou terceira geração viessem a se formar junto com planetas, satélites, cometas e meteoros.
Quando observamos o Sol, não imaginamos o que ele realmente faz, que não é somente gerar luz e calor para manter a vida na Terra, como pensavam os antigos, e pensa muita gente da atualidade.
O Sol e todas as estrelas, fundem elementos, ou, forjam matéria. Luz e calor, ou qualquer outra forma de radiação eletromagnética é pura e simplesmente consequência dessas fusões nucleares que ocorrem no núcleo dessas estrelas. Independente de ter vida ou não em qualquer planeta, o Sol e as estrelas continuarão a forjar elementos, pois essa é sua principal função. Ou seja, estrelas são forjas de matéria e não corpos quentes e luminosos que existem para auxiliar a vida do Universo. Apesar de ser isso o que ele aparentemente  faz.
Somos poeira de estrelas sim, mas não das estrelas existentes atualmente. Somos poeira de estrelas que não mais existem, poeira da primeira geração de estrelas que existiu no Universo.
Mais uma coisa, cada estrela do Universo é um possível sistema solar, mesmo que ela não tenha planeta em sua orbita, seria o caso de uma casa continuar sendo uma casa, mesmo que ela não tenha nenhum habitante.
Aqui você encontrará conteúdo mais detalhado sobre estrelas.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estrela
 vale a pena ler.

                Se possível, deixe um comentário.

Supernova, destino das estrelas de grande massa.
Estrelas gigantes. Nessa escala o Sol não é visível.

O Sol é grande, mas o seu reinado é somente aqui no sistema solar.


          Olhem para as estrelas e aprendam com elas ( Albert Einstein ) 

Canibalismo Galáctico, ou formação de novas Galáxias?











Nesta imagem, notamos como é comum uma galáxia atrair outra, mesmo com toda a expansão confirmada atualmente as galáxias contam com um campo gravitacional imenso, e fazem bom uso dele.




Estas imagens dizem mais do que vocês imaginam. Aparentemente dizem que são galáxias canibais, mas não se trata de nada disso, as colisões de galáxias são processos naturais da atração gravitacional existente entre corpos massivos dessa natureza. Essas "cidades de estrelas" existente em todo o Universo, que são mais conhecidas como Galáxias ou Universos ilhas, não estão imune ou livre dessa força. Quanto maior e mais densa for uma estrutura, mais ela sofrerá a atração da gravidade, as galáxias são as maiores estruturas, logo não estão livre dessa atração, dessa força que une tudo. 
Portanto, quando duas ou mais galáxias estão colidindo, trombando ou se unindo, elas simplesmente estão se fundindo e dando origem a uma única e maior galáxia. 
Provavelmente nos primórdios do Universo as galáxias eram menores, o espaço era menor, portanto colisões para formar novas e maiores galáxias deveria ser bem mais frequente. 
O Universo está se expandindo, mais a medida que as galáxias vão se unindo e formando super galáxias, seu campo gravitacional também aumenta, cresce proporcionalmente com a massa resultante dessa união, dando a nova galáxia um maior alcance em relação a atração de outras galáxias, ou de qualquer matéria que venha a existir no seu campo de ação (matéria escura se existir), no final nenhuma massa escapará do campo gravitacional dessas galáxias.
Acredito também que no fim ou no futuro do Universo, o colapso final do Universo será por atração gravitacional de super galáxias transformadas em super buracos negros, afinal, todo núcleo galáctico tem um desses "bichos", um super buraco negro, de milhões ou mesmo bilhões de massas solares, que no fim sugará toda a massa da galáxia onde habita e das galáxias vizinhas, tornando cada uma dessas super galáxias um super buraco negro, que desestruturara o espaço tempo do Universo, levando-o  a agir como descrito na teoria do universo fechado, implodindo tudo e tornando-se uma singularidade novamente. Um bom exemplo do que digo é essa galáxia abaixo, que mostra claramente todo o seu disco convergindo para o centro, para um buraco aparentemente sem fundo.

Um pouco da história e evolução do telescópio.



1º Telescópio, invenção de Galileu Galilei.



O primeiro telescópio era um instrumento rústico e tosco, se comparado aos modelos de hoje, mas, foi com esse rústico e simples instrumento que o “florentino” Galileu Galilei começou a mudar o mundo e o modo da humanidade ver esse mesmo mundo. Até então, tudo que existia fora da Terra era tido como imutável, diziam que eram coisas que a humanidade não poderia entender, coisas que estavam fora do nosso alcance. Eu concordo com tudo isso, pois do jeito que a humanidade era conduzida, não poderia ser diferente mesmo
Após a invenção do telescópio a astronomia tomou um novo rumo onde, pouco a pouco, foi possível esclarecer muita coisa que antes era impossível de se ver e entender. Mesmo as religiões, que diziam ter resposta para tudo, quanto ao que existia alem da Terra não tinha o que dizer, não conseguia desvendar nada do que um pequeno e inofensivo telescópio era capaz.. 
Existe um Mundo imenso lá fora, Trilhões e Trilhões de vezes maior do que o Sistema Solar. O uso do telescópio foi á primeira janela para o conhecimento desse grande Universo. Foi à primeira luz que a ciência, através de Galileu Galilei e depois de Isaac Newton com seus respectivos e singelos telescópios, jogaram sobre a humanidade. Depois de milhares de anos  essa foi à primeira oportunidade de vermos algo com mais detalhes, algo que estivesse fora da Terra. Coisas que antes estivera fora do alcance de nossos olhos e longe da compreensão humana.
Depois de inventado, o telescópio evoluiu bastante, e quem mais contribuiu para isso foi o físico inglês Isaac Newton. O telescópio newtoniano, diferentemente do telescópio que utiliza apenas lentes de aumento para aproximar as imagens, (refratores) usa um espelho esférico ou parabólico para captar a luz. A imagem refletida pelo espelho é captada  por uma lente objetiva, que é responsável pelo foco.
Newton ao construir esse telescópio, resolveu o problema da aberração cromática que ocorria com os telescópios até então.  


Telescópio espacial Hubble, o mais famoso na atualidade.

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Telescópio refletor  de pequeno porte.


Rádio telescópio, observações indiretas, via ondas de rádio.


Espelho de um grande telescópio, este pertence a Hubble.

O CEAAL levando a observação até as pessoas, ao centro seu Fidelis e  com seu binóculo.

Seu Fidelis, construtor de telescópio em Maceió AL http://fidelisdeamaraji.blogspot.com/

Observatório astronômico profissional.


OAGLL, observatório astronômico Genival Leite Lima em Maceió AL

Mais um pouco sobre o Sol e as estrelas.



A Terra em relação ao Sol


 Conversando com as pessoas, você percebe que geralmente elas acreditam que o Big Bang fez a matéria que permeia o universo e dá formas aos planetas, mas isso não é verdade. Isso quando não acreditam em coisas piores, tipo mágica etc. Como poderiam entender a origem da matéria do Universo, se não aprendem ciência, principalmente Astronomia, a mais antiga das ciências?

      O SOL E AS ESTRELAS. Fábricas de matéria do Universo.
   O que se aprende sobre o Sol geralmente também se aplica as estrelas. O Sol é literalmente uma bola de gás quente e gigante. Só que o Sol tem uma temperatura de 15 milhões de graus em seu núcleo, um diâmetro de cerca de 1 400 000 km (um milhão e quatrocentos mil) e quase totalmente de hidrogênio e hélio. A pressão descomunal e a alta temperatura em seu núcleo funde átomos de hidrogênio, convertendo-os em hélio, a energia resultante dessa fusão é irradiada para o espaço em todas as direções, e um pouco dela, depois de sair do Sol e depois de oito minutos chega aqui na Terra, iluminando e aquecendo tudo. O Sol está fazendo a mesma coisa em média á cinco bilhões de anos, e continuará a fazer por mais cinco sem muitas alterações que venham a influenciar a vida na Terra.
    Mais de 95% das pessoas do planeta não sabem o que o Sol faz exatamente. A humanidade acredita que a função do Sol é somente iluminar, aquecer e sustentar a vida na Terra. Mas não é só isso, e isso não é a principal função de uma estrela.
     O Sol e todas as estrelas fizeram a mesma coisa sempre. São fábrica de elemento, fábricas de matéria. Quase toda a matéria que é encontrada na Terra, em todos os outros planetas, em satélites, meteoros e cometas, são feitas, forjados ou fabricados dentro das estrelas. O processo de fusão nuclear que acontece no núcleo de todas as estrelas, e que funde os átomos de hidrogênio em elementos mais complexos, libera energia em forma de radiação eletromagnética. Essa energia liberada é o subproduto dos processos de fusão acontecido no Sol e em todas as estrelas. Esse processo começou há bilhões de anos atrás com as primeiras estrelas e continuará por bilhões  ou trilhões de anos. Enquanto existir estrelas brilhando, existirá matéria sendo forjada e energia sendo liberada das estrelas.
    O Sol é uma estrela de segunda geração, ele também é uma forja gigante de matéria, só que, nós e a vida da Terra nunca faremos uso da matéria que está sendo montada em seu interior, pois para isso o Sol teria que explodir e espalhar seus restos ou sua matéria no espaço.


     Ele, o Sol, só veio a existir depois que outras estrelas "morreram". Se o Sol fosse uma estrela de primeira geração (quase somente de Hidrogênio), nós, os planetas e tudo que tem vida, em todo o sistema solar, não existiríamos. A evolução das primeiras estrelas, possibilitou, deu condições, para que a vida evoluísse. Só depois da “vida e morte” das primeiras estrelas, dessa que é mais uma fase evolutiva do Universo, é que a vida foi possível. A natureza, a matéria, o Universo vive em continua transformação. Algumas coisas têm o seu fim, para que outras tenham o seu começo. Como disse Antoine-laurent de Lavoisier, considerado o pai da química moderna, na natureza nada cria nada se perde tudo se transforma. E isso é valido para todo o Universo.
                         Se possível, deixe um comentário.

Buraco negro gigante e a matéria que o alimenta.


Galáxias elípticas e espirais são hospedeiras, cada uma delas, de um buraco negro central com milhões ou mesmo bilhões de massas solares. São esses buracos negros que movimentam a galáxia, pois, de outra forma seria impossível movimentar toda essa massa concentrada de estrelas, toda uma gigantesca galáxia.
Quando olhamos e analisamos uma dessas galáxias com outra perspectiva, vemos que ela parece somente um buraco negro e uma porção de escombros ou matéria que gira em torno de um moinho, ralo ou sorvedouro para onde tudo converge, matéria para alimentar um poço sem fundo, matéria que está convergindo para o centro do redemoinho ou centro desse buraco negro.
Ou seja, com o passar do tempo e o desenvolvimento dessa espiral, toda a galáxia vai está dentro do buraco negro, vai ser sugada, atraída e engolida, se tornará uma singularidade.
Se isso se confirmar e se repetir com todas as galáxias, o futuro do Universo será com toda a sua matéria dentro de super-buracos negros, e será bem diferente das teorias atuais.
Quando vistas de perfil, as galáxias espirais e elípticas parecem grandes furacões, onde tudo está convergindo para um centro. 
Essas super galáxias estão atraindo outras galáxias menores e que não estão tão "próximas", isso com a força gravitacional do buraco negro, agora imaginem as estrelas ou sistemas solares que estão praticamente ao seu lado, o que será delas, e qual seria a força que iria impedir que elas sejam arrastadas para esse "buraco".
Vejam as imagens abaixo, vejam as semelhanças da aparência das galáxias com os furacões e tirem suas conclusões:



Estas acima são imagens de galáxias espirais, abaixo são redemoinhos de furacões vistos do espaço. Vejam a semelhança.


A Lua, pequeno planeta, companheira e satélite da Terra.




A Lua e suas crateras, um planeta esburacado, companheiro e escudo da Terra.

Pois é, acredite ou não, a Lua é um pequeno planeta que está a uma distância média de 384 405 km da Terra , por orbita o planeta Terra, ela é o seu satélite natural. A Lua tem um diâmetro equatorial de cerca de 3.474,6 km, aproximadamente ¼ do diâmetro da Terra, esse tamanho “todo” da Lua confere ao sistema Terra Lua a função de um sistema duplo de planetas, pois a Lua é muito grande para ser tratada apenas como um satélite natural da Terra. Vejam imagens comparativa de várias luas abaixo. 

As maiores luas do sistema solar comparadas com Mércurio e Plutão.


Algumas das maiores Luas se estivessem em orbita do Sol seriam planetas, pois são maiores do que Plutão e Mercúrio. Na verdade, qualquer corpo celeste que orbite uma estrela é considerado um planeta, só depende das regras adotadas e da consideração de quem o classifica, mesmo que o objeto seja artificial.

Apesar de ter "infinitamente" menor massa do que o Sol, a Lua exerce mais influencia nas marés do que o nosso astro Rei, pois o Sol está a milhões de quilômetros da Terra (Aproximadamente 150 milhões de km). A Lua a menos de meio milhão de km. (384.405km)
Uma Lua ou satélite, ou qualquer outro corpo celeste, por maior que seja, mas, que esteja orbitando um planeta, é esse corpo considerado um satélite. Qualquer planeta que esteja em volta de outro, é considerado um satélite. Ou melhor, quando dois corpos celestes estiverem girando ou orbitando um em volta do outro, para um deles, o outro sempre será o seu satélite, não importando o tamanho. Para qualquer um que se encontre na Lua, a Terra é que é vista como um satélite, e é o seu satélite. 
Nesta imagem, a Terra é o satélite da lua.

A Lua apresenta fases ou áreas iluminadas maiores ou menores, diferentes de um dia para outro, isso fez e faz com que ela seja o objeto do Céu noturno mais contemplado, e que mais trouxe dúvidas na antiguidade. Ainda hoje, ela é objeto de inquietação para muita gente no planeta. A razão de muitos não entenderem o que são essas fases, leva-os a fantasiar e se iludir com coisas estranhas e conceitos nada corretos.
Movimento que mostra as fases lunares.
O principal objetivo prático e físico da Lua é influenciar no movimento das marés altas e baixas. 
Na antiguidade a utilidade da Lua foi mais destacada na divisão do calendário e na orientação noturna, devido a periodicidade noite após noite, de suas fases crescente a minguante, e de seu movimento em torno da Terra. 
Sobre a Lua, existem tantas fantasias que até pessoas esclarecidas se deixam confundir, acreditam que se a Lua não existisse a Terra teria problemas com o clima e com a estabilidade das águas dos oceanos, ou que o eixo da Terra seria afetado, mas não é bem assim. Caso a Lua não existisse, nós não teríamos marés tão altas e tão baixas como as atuais. Do mesmo jeito que existe planetas com um satélite, existem planetas sem satélites, e com muitos satélites. O que descontrolaria o clima da Terra, seria se a Lua sumisse, deixasse de existir, de um momento para outro, ou, se a sua massa crescesse consideravelmente em pouco tempo, ou ainda, se ela se aproximasse muito da Terra. Sobre isso, existem filmes que mostram como seria trágico, pois o planeta teria que se ajustar instantaneamente a falta de atração gravitacional da Lua, ou a uma Lua com muito mais massa, e nós estaríamos envolvidos diretamente nessas mudanças repentinas e catastróficas. 
Quando a lua e o Sol estão do mesmo lado da Terra, a força gravitacional de ambos se somam, e quando estão de lados opostos, a força gravitacional de ambos é dividida. O máximo que aconteceria se a lua não existisse, seria a Terra ter somente a atração gravitacional do Sol para a elevação das marés.

A Lua tem condições de abrigar vida com o auxílio de tecnologias, ela também é uma reserva mineral, para a extração de metais úteis para a exploração espacial futura. Na Lua, será instalada as primeiras colônias humanas fora da Terra, logo que os avanços tecnológicos e astronáuticos se confirmarem viáveis. A Lua será porto e trampolim, também um local de abastecimento para futuras missões tripuladas, daí sua grande importância para o futuro da humanidade. A Lua também será um roteiro turístico, logo que as viagens para lá se tornem acessíveis e menos dispendiosas para uma boa parcela da humanidade.



Imagem, fora de escala, mostrando como a massa de águas se move em direção a Lua para formar as marés.


Imagem clássica do homem na Lua. NASA.
Detalhe da superfície Lunar, cratera Copérnico.